Uma reação alérgica sistémica é o que vos pretendo oferecer.
A reação anafilática pode ser provocada por quantidades minúsculas da substância alergénica e o tipo mais grave de anafilaxia — o choque anafilático — poderá terminar em morte caso não seja tratado.
Não o tratem, entrem no jogo!



sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Foi uma amiga que disse...

Não me inspiro em nada, não ouvi nada durante a adolescência, não me apetece citar nomes ou músicas ou livros. A expectativa é muito grande. Simplesmente não sei nada! Não quero citar clássicos musicais ou literários. Vai ao facebook e escolhe.
Expiro-me 'a mim', retrato-me 'a mim'. É pouco? Não chega para satisfazer as pseudo curiosidades de quem quer vender o que não é vendável? Não dessa forma pelo menos. Continuo à espera da minha forma [de bolos, forma de bolos!], ela não chega! Porra tenho quase trinta e já sou catalogada com o síndrome do Peter Pan; já tenho um síndrome, mas eu só queria trabalho. O trabalho que quero não se inclui em lado algum. Agora é fixe não saber desenhar, os desenhos toscos estão na moda e andam todos a desenhar o mesmo e a gritar palavras de ordem que eu não percebo. Só gritam porque alguém os compra. E dizem que é ‘cool’ dizer algo como se não tentassem ser ‘cool’. Porra! Talvez eu seja apenas uma gaja ressabiada que quer que todos deitem as beatas no lixo. Bisonte!

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

natal

De que me serve a tua presença no meu funeral? De que me serve a tua homenagem póstuma se não presenciaste a minha vida? Não interrompas a tua rotina agora que não estou. Não larques tudo, não corras. Não honres a minha morte com a tua presença, mantem-me no esquecimento pois agora já nada há a fazer. Não venhas esbaforido como se a tua vida tivesse acabado. Só eu acabei. Não corras. Não venhas. Agora que tudo acabou, agora que nada há a fazer; agora sim, podes adiar, agora podes adiar eternamente. Agora podes tornar a tua rotina o mais importante. Sim, agora. É agora! É agora que podes não ter tempo, ou vontade ou dinheiro. É agora!

Ou então, vem!
Mas não digas que é por mim, não digas que vens para mim. Não digas que te vens despedir. Não justifiques as tuas lágrimas com a minha ausência pois eu já não estava em ti há muito. Não me acuses da tua dor ou solidão. Eu já não estava em ti há muito. A tua solidão é tua. A minha companhia, o meu cheiro, o meu barulho, há muito os demitiste. Agora é para sempre, só isso.

estudo da arquitectura da distribuição

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Sinto os olhos na cara quando te vejo

As águas serenaram.
As águas serenaram para a tempestade se manter
Mas, mesmo assim, sabe bem esta acalmia, esta falsa vontade.
Quem manda nas águas?

O vulto passou por mim
Os meus movimentos cessaram
O meu corpo parou
A energia seguiu
         
**

Virei a página,
O assunto é o mesmo.
Conseguirei chegar ao fim do livro?
Serão estas páginas para mim?

Depois de ouvir-te chorei,
Depois de ouvir-te escrevi
Mas mesmo assim não dormi
Mas mesmo assim não serenei.

Escreverei algum dia assim se
nem desenhar consigo?
Depois de compreender,
compreender só, não chega.

pencil storm


há dias em que nada flui.

pedaços de lá, aqui.






terça-feira, 6 de dezembro de 2011

A duas vozes

Descobri-te no meio da minha música
Descobri-te por trás do piano, à frente com
o micro, nos acordes da guitarra que era nossa.
Percorremos quilómetros juntos
Continuamos a fazê-lo.
Viajamos até onde permitiste,
Agora andamos sem limite.
Abracei-te e roubei-te de ti, roubei-te para mim.
Estás comigo, musicas comigo.
Estamos juntos, estaremos juntos.
Olhei-te, amei-te, cuidei-te
Trouxe-te para o nosso caminho.
A música ganhou, a música prevalece.
Por ti apresentei-me à vida,
Cantei para ela.
Hoje, canto contigo,
Componho as músicas que queremos ouvir,
Gravo a tua voz no meu corpo
E vivo ao som dos nosso projectos.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

o meu milésimo de segundo

Porque choro perante o sublime? É a força do medo com sinal inverso e as lágrimas caem. É um choro de encontro em mim, é um choro para mim, um choro de reconhecimento. Não é um choro de alegria!
Choro porque fui violada pela beleza; tocou-me sem autorização. Saí de mim e, por um milésimo de segundo, toquei o céu, vi quem sou e chorei. Por um milésimo de segundo tive a plenitude, a felicidade, o conhecimento.
E tu? Tu apenas leste. Apenas partilhaste o teu poema, a tua existência, o teu milésimo de segundo. A tua leitura articulou a tua vontade em mim e, em mim, gerou vontade e perfeição.
Sem tI não sou nada. Faço-o por mim, mas quero-tE cá!

poesia em mim


Antes não via a poesia
Não a entendia porque não
A escrevia.
Foi a poesia que me escreveu a mim.
Escreveu-me, desenhou-me,
Definiu-me.
Foi o lápis que guiou
O meu pensamento,
Foi o lápis que rabiscou a minha alma
E o papel albergou a minha aura.
E foi assim, numa banal tarde, que o sol deixou de me iluminar
E me passou a encandear.
A poesia surge como uma purga
Como uma vontade urgente,
Uma necessidade básica.
Que me eleva ao mais íntimo.
Eu não tento perceber, não analiso,
Não bloqueio.
E ela vem quando quer,
Não quando é precisa,
Não quando é chamada.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

desenhar, desenhar, desenhar...


riscos, manchas, liberdade, materiais presos e soltos; desenhar, desenhar, desenhar; inovar; manter um registo; criar uma imagem; escrever uma ilustração; construir um argumento; implementar um projecto; criticar; receber feedback; mostrar; esconder; desenhar, desenhar, desenhar; não parar, não desistir, agarrar, acreditar, manter, amar; desenhar, desenhar, desenhar... :)

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

A galinha

A desgraça aconteceu.
E ela veio
E ela cresceu.
A galinha cresceu e eu mirrei.
Eu não queria, ela também não.

rendilhando...

Finalmente, a música


Descobri-te no meio da minha música
Descobri-te por trás do piano
Descobri-te à frente do micro
Descobri-te por trás da guitarra que era nossa.
Roubei-te de ti, roubei-te para mim
Estás comigo, musicas comigo
Estamos juntos, estaremos juntos.