Antes não via a poesia
Não a entendia porque não
A escrevia.
Foi a poesia que me escreveu a mim.
Escreveu-me, desenhou-me,
Definiu-me.
Foi o lápis que guiou
O meu pensamento,
Foi o lápis que rabiscou a minha alma
E o papel albergou a minha aura.
E foi assim, numa banal tarde, que o sol deixou de me iluminar
E me passou a encandear.
A poesia surge como uma purga
Como uma vontade urgente,
Uma necessidade básica.
Que me eleva ao mais íntimo.
Eu não tento perceber, não analiso,
Não bloqueio.
E ela vem quando quer,
Não quando é precisa,
Não quando é chamada.
Sem comentários:
Enviar um comentário
lalalala