Uma reação alérgica sistémica é o que vos pretendo oferecer.
A reação anafilática pode ser provocada por quantidades minúsculas da substância alergénica e o tipo mais grave de anafilaxia — o choque anafilático — poderá terminar em morte caso não seja tratado.
Não o tratem, entrem no jogo!



sábado, 12 de março de 2011

Conversas na distância

eu: bom, começas tu?
tu: tinha uma frase mas escapou-se...
chocolate negro?
eu: é isso o início, certo?
tu: não... estou a comer, estava a perguntar-te se querias. mas pode ser :)
eu: ai ai preciso de férias :)
vá, come isso e começa
tu: estou a pensar
eu: podemos usar só palavras?
tu: sim
eu: então começo eu
crítica superficial
tu: um poço sem fundo
eu: crítica ficcionada
tu: projectada no mundo
we are the people
we are the world
eu: choque inconsequente com consequências chocantes... em quem tocas?
tu: em todos, a tudo
eu: aos que querem, aos que sabem, aos que vêm
tu: aos touros da praça!
eu: só os cordeiros ficam a ver. eu pego neles e atiro-os. atiro-os para o meio, atiro-os para as periferias. simplesmente atiro-os!!!
tu: e elas fixam e elas vêm, fixam, atacam e comem!!
eu: comem o que lhes dão
tu: comem o que fica. a sobra do todo.
eu: fica o que nao comem.
tu: fica o homem
eu: fica o Homem!
tu: penugem de vento, tinta no pincel
eu: código genético, memórias que esvoaçam, gestos que não se cumprem, vontade que ficam aquém. algo ficou por dizer, algo ficou por fazer...
tu: que consideras tu de tão incompleta uma construção?
eu: a alma, a alma artística
a vontade de ir, de transcender, de tocar os outros e se deixar tocar, de sair magoado
magoar-se conscientemente
tu: desmontar as peças, destruir os castelos e os palacetes e partir para a Guerra!
eu: eu Pinto assim a minha vontade, vontade perene como o Loureiro que avisto ao longe
tu: como a Bélica paz do Pinto da pinta
eu: desenho inacabado da vontade decidida
parede pintada com gosto, reflexo de mim, reflexo de ti, reflexo do nós
o colectivo individual em imperfeita desarmonia
tu: passadas largas, os metros e as distâncias. caminhamos?
eu: caminhamos, caminhamos e arrastamos
tu: o troço e o talo
eu: o talo pelo troço íngreme desenhado por cinco partes diferentes conjugado numa vontade não comum
tu: adiamos um fim
um início
eu: a nossa paixão não busca alternativa, o nosso trabalho alterna com variáveis que não vemos. lutamos com vontade, não negamos o início; adiamos um fim não desejado. Desejamos a mudança , desejamos a alternativa não alcançavel.
tu: é um belo fim





TU
A marcha da guerra do eu, pinto, do perene lourreiro da bélica paz!
Atiro-os para o meio, atiro-os para as periferias!
Atiramo-los!
À praça de touros, aos cordeiros encantados!
Comemos tudo, deixamos nada!
Ao que querem, aos que querem,
Aos que sabem, aos, aos, aos, aos!
Desenho inacabado, diálogos que reflectem
A perfeita desarmonia dos espelhos individuais
No colectivo.
É a vontade de ir, é a vontade de ficar!
Passadas largas, metros e distâncias
Caminhamos.
O talo, o troço, o cinco partes de um todo.
Adiamos um fim de um início, a paixãoa da não alternativa.
A paixão do objectivo.
Trabalho variável, elástico, transmutável.
Lutamos com vontade, não negamos um confronto,
Não adiamos um fim não desejado ou um início mal começado.
Desejamos a alternatia alcançavel.





EU
É nossa esta guerra, é nossa esta paz de roubar os momentos e torná-los perenes no frágil papel pintado.
Partilhamos a nossa vontade bélica de actuar em nós e em vós. Agimos com intenção, pensamos com paixão. Atiramos as cartas para a mesa. O jogo dos diálogos não cessa. Acompanhamos o jogo e o nosso desenho fica inacabado, o traço interrompido reflecte a perfeita desarmonia dos espelhos individuais no colectivo que é nosso e vosso. Não negamos um confronto, não adiamos um desfecho não desejado ou um início mal começado. Adiamos o fim do princípio, mantemos a paixão da não alternativa, a paixão do objectivo. Porque não temos alternativa, se não a alternativa alcançável.

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lalalala